- Morro do Pilar -

História


Morro do Pilar foi um grande centro de mineração. Existem indícios de atividades em 1701, conforme a tradição. Formada a povoação, em função da exploração do ouro, erigiu-se a primitiva capela sob a invocação de Nossa Senhora do Pilar, mais tarde substituída por um segundo templo que recebeu a benção por provisão em 1789.

O arraial primitivo foi transferido para um plano mais baixo da colina, situando-se nos contrafortes da serra do Espinhaço.

A mineração do ouro, fator de origem e desenvolvimento do arraial, já estaria praticamente abandonada em princípios do século XIX, não mais prevalecendo como exploração regular de significado econômico, conforme Valmar Coelho.

Em 1809, o intendente dos diamantes Manuel Ferreira da Câmara Bitencourt e Sá, deu início a primeira fábrica de ferro do Brasil - a Real Fábrica de Ferro - e que 1814 consegue fabricar ferro líquido. A pioneira fábrica funcionou, em regime de produção mais ou menos regular, de 1814 a cerca de 1830, época em que encerrou suas atividades, de acordo com Carneiro de Mendonça em seu livro "O Intendente Câmara".

As remanescentes ruínas da Real Fábrica de Ferro ainda documentam de modo expressivo o passado arrojado de industrialização. Esta iniciativa marcaria o empreendimento siderúrgico em terras mineiras, e teria apenas em 1921, com a fundação da Cia. Siderúrgica Belgo Mineira, a sua maior expressão.

Distrito criado com a denominação de Morro do Pilar (ex-povoado de Gaspar Soares), pela Resolução Régia nº 7, de 13-04-1818, e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Conceição do Serro.

Elevado à categoria de município com a denominação de Morro do Pilar, pela Lei nº 1039, de 12-12-1953, desmembrado de Conceição do Mato Dentro.

A Cachoeira da Fumaça é uma das mais visitadas, pois proporciona singular contemplação da natureza. Cercados por uma vasta vegetação, o Rio Picão e o Rio Preto possuem águas cristalinas.

A Serra do Cachimbo chama atenção pelo formato que lhe deu o nome. Além do turismo ecológico, a cidade não deixa a desejar também na área cultural.

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