Segóvia - marco da unificação do Estado Espanhol


Aqueduto Romano Segóvia

12.12.2019

Segóvia está entre os destinos turísticos de grande destaque na Espanha. A cidade, a 70 km de Madrid, foi construída a 1.000 metros de altitude, entre dois rios. Sua história de altos e baixos se confunde com a história da Espanha. Com a invasão dos Visigodos à Península Ibérica, no século V e a queda do Império Romano, a região entrou em decadência, acentuada pela invasão dos árabes no século VIII.

No entanto, no ano de 1469, a Rainha Isabel de Castela e Leão casou-se com seu primo, Rei Fernando de Aragão. Os chamados Reis Católicos financiaram a expedição de Cristóvão Colombo à América e expandiram seu território pelo mundo. Em 1492, o castelhano, passou a ser a língua oficial da Espanha. Isso resgatou o esplendor da cidade e resultou no território atual da Espanha. Hoje, a cidade é declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

A parte antiga de Segóvia é rodeada por uma muralha com 86 torres. Durante o século XVI ela foi parcialmente demolida, até que, no século XX, a população consciente do seu patrimônio, recuperou os 3.400 metros da muralha e suas portas. O monumento mais visível é o aqueduto romano. A obra civil romana mais importante da Espanha foi construída entre os séculos I e II d.C., durante o governo dos imperadores Vespasiano e Trajano. O aqueduto tem 803 metros de comprimento, altura máxima de 28 metros e 66 arcos com enormes blocos de pedra, incrivelmente assentados sem uso de argamassa. A Praça Maior é onde se encontra a parte mais monumental do aqueduto e o coração da cidade.

A Igreja de San Miguel, destruída no século XVI, devido à construção da Catedral, iniciada também no séc. XVI, ocupava o centro da praça. Foi, depois, transferida de lugar e reconstruída em 1532, no estilo gótico, na lateral da Praça Maior, substituindo a antiga igreja românica. Nesta igreja foi coroada Isabel I, como Rainha de Castela e Leão. Do antigo templo se conserva a portada românica com os relevos esculpidos dos apóstolos São Pedro e São Paulo e de São Miguel matando o dragão.

O Alcazar, antiga residência real, é uma imponente fortaleza assentada na Praça da Rainha Vitória Eugênia. O Alcazar já foi fortaleza, Palácio Real, prisão do Estado, Colégio Real de Artilharia e Arquivo Histórico Militar. No interior, os grandes salões, a torre e o Museu das Armas impressionam e nos remete à cultura belicosa dos poderosos espanhóis na Idade Média. Inesquecível, Segóvia é marco da unificação do Estado Espanhol e um dos principais testemunhos da História da Península Ibérica.

Paulo Queiroga

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