Alto Jequitinhonha. Lugar de gente feliz!


10.09.2019

Com a proximidade do Festivale, que neste ano acontecerá na cidade de Serro, viajaremos pelas belezas dessa região.

O Festivale, tradicional evento de valorização da cultura e da arte do Vale do Jequitinhonha, acontecerá entre os dias 13 e 19 de outubro. A abertura do evento coincide com o encerramento da não menos tradicional “Festa do Queijo”, que movimenta o Serro e atrai visitantes para a sede e para os distritos. 

Nosso roteiro faz um trecho do caminho percorrido no Alto Jequitinhonha pelo naturalista francês Auguste de Saint Hilaire,que há 200 anos cruzou a Serra do Espinhaço em uma expedição de estudos sobre a fauna, a flora e a geologia da região.Nossa porta de entrada é a Serra do Cipó, parque nacional de extrema beleza e paisagens inesquecíveis na memória do viajante.

Em um percurso de aproximadamente 60 km, após Conceição do Mato Dentro, passando por Dom Joaquim, Itapanhoacanga e Alvorada de Minas, chegamos à histórica cidade do Serro.

O centro histórico do Serro é uma viagem ao Brasil Colônia e Imperial, registrados na arquitetura, na rica culinária e na hospitalidade desse povo orgulhoso de seus mais de três séculos de cultura.

Os casarões em harmoniosa sequência de janelas, beirais e telhados, as igrejas e escadarias fazem do Serro um dos cenários mais fotografados por turistas e visitantes do Brasil e do exterior. Pousadas, restaurantes, artesanato, culinária típica e um calendário de eventos culturais completam o cartão postal do Alto Jequitinhonha.

Seguindo 26km ao norte, o singelo distrito de Milho Verde desponta do alto da montanha como um espaço mágico, refletido nas cachoeiras, na vida simples e na belíssima paisagem de horizonte largo. Ao lado das igrejas, das ruas e vielas testemunhando o passado, Milho Verde foi se estruturando para o turismo, com restaurantes, pousadas e serviços para visitantes, hoje, a base da economia local.

Seis quilômetros adiante, o visitante se surpreende com o distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras. Uma vilazinha do século XVIII assentada no alto da Serra do Espinhaço. Passear pelas suas ruas singelas é viajar no nosso passado colonial. Faz-nos lembrar da grandeza que existe na vida simples e calma que, infelizmente, estamos perdendo hoje.

Em São Gonçalo a população preserva o silêncio como patrimônio turístico e cultural. Pousadas charmosas, combinadas com a culinária típica testemunham a tradição mineira e oferecem aconchego e conforto até ao viajante mais exigente.

Boa viagem!

Paulo Queiroga

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