Liechtenstein, minúsculo e poderoso país Europeu
12.08.2019
Esse micro Estado Europeu na região alpina, entre a Áustria e a Suiça é, no mínimo, curioso. O país é praticamente do tamanho da Ilha de Manhattan, em Nova York. Um principado que hoje conta com menos de 35 mil habitantes, tem o mesmo território e pertence a mesma família desde o século XV.
Na década de 1970, o governo atraiu capital estrangeiro com baixas tarifas e o país se tornou um dos mais ricos do mundo. Liechtenstein, que tem a terceira renda per capita, atrás apenas de Qatar e Luxemburgo, se tornou hoje como um paraíso fiscal na Europa, onde se “lava” dinheiro. Curioso é que a etimologia do termo alemão “Liechtenstein” se traduz como “pedra clara” (Liechten – Stein). Empresas estrangeiras respondem por 30% da receita nacional.
Liechtenstein faz parte do acordo de Schengen. Suas fronteiras são abertas dentro da Europa e não há controle de passaporte. Como o país não faz parte da União Europeia, a moeda local é o Franco Suíço. Mas aceita-se euros em praticamente todos os lugares.
O Rio Reno é sua principal artéria. O céu, frequentemente nublado, o clima úmido e o rigoroso inverno alpino se refletem na monótona regularidade das casas, dos telhados, das ruas, bem ao estilo alemão. No verão as bicicletas tomam conta das ruas de Vaduz. Idosos, jovens e crianças, milionários e a classe média (não existe pobreza), se misturam em pedais coloridos.
A cidade mescla o antigo com o novo. Mesmo sendo uma cidade pequena, um dia só de passeio é pouco. O segredo é escolher o que mais lhe interessa ou simplesmente perder-se pela rua Städtle, que já é um museu a céu aberto e com uma infinidade de lojas de relógios, uma característica cultural da população. Na Rua Stadtle é onde fica o Museu Nacional. Entre os acervos imateriais, conta-se que o famoso escritor alemão, Johann Wolfgang von Goethe, visitou o prédio em 1788. Na época, era uma taverna. Bem próximo dali fica o minúsculo - Landtag o Parlamento, com apenas 25 membros. Ao fundo, a Catedral de Liechtenstein, onde estão sepultados alguns dos príncipes de Liechtenstein.
A atração principal é o Castelo de Vaduz, residência oficial do Príncipe de Liechteinstein. Encravado em um penhasco a 120 metros acima da cidade e com uma vista maravilhosa, o Castelo é o testemunho do poder da família por séculos. Frustração é não poder visitar seu interior, pois funciona como residência oficial do monarca.
Sob o ponto de vista estritamente turístico, o país não é lá aquele lugar que você sairia do Brasil com o objetivo de conhecer, com expectativas, roteiros na mão, mapas etc. e, além do mais, é tudo muito caro. Mas, estando por perto, vale, e muito, a experiência.