Nápoles: 2.800 anos de cidade fervilhante


11.07.2019

O Sul da Itália, incluindo a Ilha da Sicília, é uma região absolutamente singular. A colorida Nápoles, capital da região da Campânia, expressa a síntese da Itália Clássica.

A atmosfera que se respira ali é grega, na História, na arquitetura, nas artes, nos dialetos, nas belezas naturais, no trânsito, na agitação do povo e nos varais com roupas multicores penduradas nas janelas. Estilo de vida que não estranharia a nenhum brasileiro.

São 28 séculos de história e cultura. Sua localização é próxima ao Monte Vesúvio, que destruiu as cidades vizinhas, Pompeia e Herculano. Terceira maior cidade da Itália, após Roma e Milão, Nápoles dominou, durante muito tempo, essa região associada aos etruscos e gregos.

Além de terra natal da pizza, Nápoles é história em regime integral. São 500 igrejas católicas romanas, além de museus e monumentos.

Caminhe pelas ruelas escuras e apertadas, contornadas por casario alto, “um milhão” de lojinhas vendendo de tudo, roupas, souvenirs, sorveterias, cafés e uma quantidade de badulaques que não vão deixar você se esquecer desse lugar.

Conhecer a Catedral, o Duomo, é tradição para quem chega a Nápoles. Dedicada ao seu padroeiro, San Genaro (São Januário), segundo a tradição religiosa, o sangue do padroeiro se liquefaz milagrosamente, duas vezes por ano, em maio e setembro, trazendo bons augúrios para a cidade e uma enormidade de romeiros.

Seguramente, a visão mais encantadora da arte barrroca está nas esculturas da Capela de Sansevero. A mais conhecida, Il Cristo Velato, representa o Cristo morto, coberto por um véu de incrível transparência, esculpida no mármore. Fica difícil acreditar que não exista ali uma resina transparente cobrindo o seu corpo.

A vista, que domina a cidade, fica no Castelo Sant’elmo, um forte do século XIV, acessível por funiculares. Grave ali um panorama inesquecível da cidade.

É praticamente impossível comer mal em Nápoles, a começar pela Pizzaria Brandi, onde foi criada a tradicional pizza marguerita. Os doces tradicionais, como a sfogliatella e o babá, os pratos de peixe fresco e frutos do mar, a mozzarela di búfala, o vinho Falanghina, o licor Limoncello e o café napolitano completam a verdadeira Magna Grécia, o Sul da Itália.

Paulo Queiroga

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