A lendária ferrovia Transiberiana


Vista da Transiberiana, próximo ao Lago Baikal

19.06.2018

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Um roteiro fascinante, fora da curva, se faz pelos trilhos da Transiberiana. A ferrovia possui 9.289 km de extensão e cruza 8 fusos horários. Percorremos um trecho. Saímos de Moscou para uma exótica viagem de cultura e natureza, pela Rússia, Tartaristão, Sibéria e a fascinante Mongólia.

Nossa temporada teve início em Moscou, com o clássico City Tour pela Praça Vermelha, Mausoléu do Lenin, Catedral de São Basílio, as torres e muralhas do Kremlin, as artísticas estações de metrô, as principais ruas e cafés, a suntuosidade dos seus museus e muita oferta de vodka.

O espetáculo ferroviário começa em direção à Kazan, capital da República do Tartaristão. Kazan é um lugar vibrante, na confluência dos rios Volga e Kazanka. A cidade, terceira em tamanho na Rússia, atrás apenas de Moscou e S. Petersburgo e declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, respira a autêntica atmosfera tártara. É outro mundo. 

Na estação de KAZAN, tomamos o trem com destino à pequena Tobolsk. Não dá para disfarçar a emoção de deixar a Europa, cruzar os Montes Urais e entrar no continente asiático pela linha férrea mais extensa do mundo. 

As paisagens desfilam pelas janelas do vagão-restaurante. Após uma boa refeição, passamos a noite numa confortável cabine.

Tobolsk, antiga capital da Sibéria, é um dos mais encantadores segredos guardados pela Rússia. Foi necessário um pequeno desvio na rota ferroviária para estarmos lá.  

A cidade revela a grandiosidade da História russa. Impressiona estar na casa onde ficou reclusa a família do último Czar da Rússia, os Romanov, antes de serem levados ao fuzilamento. Também em Tobolsk, esteve preso Dostoyevsky, um dos maiores nomes da literatura russa e Dmitri Mendeleiev, criador da tabela periódica da química.  

Novo embarque no trem, agora bem familiarizado com a rotina dos trilhos, o destino é Omsk, cenário da resistência contra a revolução russa. A travessia entre lagos, florestas milenares e pequenos povoados, nas paisagens da Sibéria encantadora. 

O próximo destino é Novosibirsk, a maior cidade da Rússia Asiática. O Museu Ferroviário expõe mais de 60 locomotivas - um fantástico acervo a céu aberto. 

O Teatro de Ópera e Ballet – o maior da Rússia - Capela de São Nicolau, Catedral de Alexandre Nevsky e outros atrativos, nos lembram os cenários da literatura russa. 

Na sequência desembarcamos em Krasnoyarsk. A cidade se formou no século XVII, às margens do rio Lenissei, um dos três maiores da Sibéria, a partir de um forte Cossaco. Visitamos impressionantes formações rochosas no Parque Stolby.

Embarcamos novamente para Irkutsk – Circumbaikal Ocidental – Listvyanka. O trecho da Transiberiana próximo ao lago Baikal é chamado de “fivela de ouro” da ferrovia, que, na época de sua construção, tinha o nome de “cinturão de ferro da Rússia”. 

Novamente no trem, nosso destino é Ulan Udé. Após 8 horas, chegamos à cidade reconhecida pelos maravilhosos jardins públicos. Chama a atenção uma gigantesca cabeça de Lênin diante da Prefeitura.

De Ulan Udé, fizemos um trecho internacional até à capital da Mongólia, Ulan Bator. Em Ulan Bator, impressionam a Praça Sukhbaatar, o Monumento a Genghis Khan, e o Museu de História Nacional. No Mosteiro de Gandantegchenling, uma estátua de um Buda da Compaixão, com 26 metros de altura, faz nos sentir pequenos. 

A partir de Ulan Bator, fizemos uma imersão na cultura mongol pelo incomparável Deserto de Gobi, entre terras áridas, vegetação incrível e áreas cobertas de gelo. Vivência inesquecível é montar nos famosos cavalos mongóis e hospedar nas “ger” - tendas circulares típicas, com conforto, inclusive, banheiros privativos.

Dificilmente encontramos tamanha diversidade de paisagem e riqueza cultural num só roteiro, como esse pela ferrovia Transiberiana.

No Brasil, você conta com a experiente operadora Tchayka, (www.tchayka.com.br) para esta viagem de sonhos e exotismo.

Paulo Queiroga

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