Prefeitos se mobilizam contra o governo de Minas


Guilherme Simões, prefeito do Serro

20.11.2018

O ato, coordenado pela União dos Municípios do Vale do Jequitinhonha e Mucuri – UMVALE -, reivindica do governo do Estado o cumprimento dos repasses, sob pena de se ter um colapso das finanças públicas em todos os municípios integrantes da entidade, referentes ao ICMS e aos fundos de educação e saúde previstos em Lei.

Os prefeitos pretendem acampar em frente ao Palácio da Liberdade, a partir do próximo dia 19 de novembro, para garantirem uma resposta definitiva do governo estadual. A esperança é sair da manifestação com os recursos assegurados.

Segundo o presidente da UMVALE, prefeito do município de Ponto dos Volantes, Leandro Ramos Santana, “dos 51 municípios que congregam a entidade, 50 estão com os cofres vazios e ameaçados de paralisação total dos serviços essenciais à população e da folha de pagamento dos servidores”. “A gente já não tem mais condições de manter os serviços básicos do município. Nós vamos ficar acampados mesmo em Belo Horizonte, até ter um posicionamento oficial, seja do governador ou da Justiça”, disse com determinação o prefeito.

Em Serro a situação não é diferente, revela o prefeito Guilherme Simões. “O governo do Estado deve ao município do Serro algo em torno de R$ 7 milhões. A dívida está comprometendo a prestação dos serviços essenciais e já ameaça o cumprimento da folha dos servidores”. Guilherme Simões comunicou à população que, em respeito ao cidadão serrano e à responsabilidade da gestão municipal para com os serviços essenciais, o município do Serro tem se esforçado além dos seus limites para cumprir seus compromissos, deixando claro a gravidade da situação.

 “Apesar de todo o esforço da administração municipal em manter os programas e as contas em dia, o atraso nos repasses do governo de Minas impacta gravemente as finanças de nosso município. Os riscos se concentram, principalmente, nas áreas da saúde, educação, transporte e custeio”, lembrou o prefeito. 

“Os recursos dos municípios mineiros estão sendo confiscados estupidamente pelo governo mineiro, em um ato de total desrespeito à nossa legislação, aliás, agindo como se estivesse em uma terra sem lei. Este é o pior exemplo que o Estado poderia dar à sua população”, lamentou com indignação Guilherme Simões.

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