Entrevista: Alberto pinto coelho neto


16.05.2018

Com seu jeito mineiro, Alberto Pinto Coelho Neto tem percorrido o Estado de Minas Gerais e se reunido com lideranças de cidades como por exemplo: Serro, Diamantina, Conceição do Mato Dentro, Guanhães, Lagoa Santa, Jaboticatubas, e demais regiões em que seu pai, o ex-governador Alberto Pinto Coelho, era votado, bem como Centro-oeste, Sul de Minas, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Mas Alberto, o filho, tem ido além na conquista de apoios e tem estabelecido reuniões com a comunidade e com líderes políticos da Zona da Mata, Vertentes e Norte de Minas.       

Por onde passa, ele deixa sua marca. “Com nome e sobrenome na política, Alberto tem mostrado identidade e luz própria. Ele poderia ter entrado na vida pública antes, mas preferiu esperar o momento em que se sentisse realmente pronto para servir aos mineiros. Ele se coloca como um cidadão que quer contribuir”, afirmou uma das lideranças que tem mantido contato direto com o filho do ex-governador de Minas Gerais.

Alberto Pinto Coelho Neto, o Beto, tem 43 anos, é natural de Belo Horizonte, formado em Administração, casado e pai de dois filhos.  Filho do ex-governador Alberto Pinto Coelho e da educadora, escritora e ex-vice-reitora da Uemg, Santuza Abras.

Recém-filiado ao Solidariedade, Beto, ou Betinho, como é chamado pelos amigos, concedeu entrevista ao jornal Vila do Príncipe e mostrou que, de fato, leva na bagagem não só aprendizado  diário do exercício da boa política, mas o conhecimento próprio que ele se propôs a fazer nos últimos anos dedicados a conhecer e se mergulhar nas várias realidades de Minas e nas reais necessidades do Estado e dos mineiros.

Alberto, nessas andanças pelo Estado, o que mais tem te chamado atenção?

Primeiramente, quero parabenizar o jornal Vila do Príncipe que este ano completou um ano de serviços prestados à sociedade. A imprensa tem um papel fundamental na construção cidadã e na fiscalização das ações dos agentes públicos.

Não é de hoje, aliás, há alguns anos tenho me dedicado a conhecer profundamente a nossa Minas Gerais, nossas leis, nossa Constituição e, acima de tudo, ouvir e ver como vivem os mineiros deste Estado que, como tenho dito, é a síntese do Brasil, com suas mais diversas realidades. A verdade é que nos últimos três anos temos um Estado esfacelado, faltando ao cidadão os serviços básicos, como água, medicamentos, atendimento médico, transporte escolar, asfalto... o que falar então do Desenvolvimento Econômico, do Turismo, enfim, dos setores de geração de renda que não só regrediram como não têm de fato nenhum projeto ou plano de ações efetivas. Claro que o país todo vive uma crise econômica, mas não é a primeira e Minas Gerais está à beira de um colapso. Resultado, a meu ver, da incompetência e da omissão da atual gestão estadual. E digo isso porque lá em 2012 quando a crise mundial mostrou sua face, Minas, que tem na base da sua economia Commodities minerais e grãos, soube driblar as dificuldades. Faço esta contextualização toda para mostrar também porque decidi, agora, disputar uma eleição. Sou um cidadão que quer uma Minas de fato mais justa, com mais oportunidades, à altura da nossa gente. Me sinto pronto para  contribuir com o nosso Estado. Acho que esse é um dever que todas e todos que se sentirem preparados e vocacionados  não podem faltar. 

Você é filho do ex-govermador Alberto Pinto Coelho, que foi também deputado por 16 anos e presidente da Assembléia. Isso traz uma responsabilidade maior? Comparações?  

Depende da forma como você enxerga e leva a vida. Eu tenho no DNA o exercício da política, da boa política, mas veja bem, não só por parte do meu pai, também por minha mãe que foi uma educadora e escritora. Acima de tudo tenho pais - minha mãe infelizmente faleceu há pouco tempo mas os  ensinamento dela são eternos, humanistas e me ensinaram a ter empatia e respeito pelo outro. A cultivar e praticar a cidadania. E, por esse lado, sim, a responsabilidade fica ampliada. Por outro lado, eles também ensinaram aos filhos a trilharem os próprios caminhos. Eu, por exemplo, tive muitos  momentos em que o chamamento para a vida pública falava alto. Decidi que não poderia faltar a essa vocação, mas para isso quis me preparar e me dedicar. Eu tenho dito e repito, que acredito não só pela escola que tive, seja na minha formação pessoal ou através dos exemplos diários dos meus pais, que a política é o caminho para a construção de uma sociedade mais justa. O país passa por um momento de descrédito nas instituições e não podemos deixar que isso tire a esperança, a força e  a luta de quem quer um Brasil e uma Minas Gerais do tamanho que merecem, à altura do nosso povo.    

Como fazer diferente? A política e as instituições têm passado por um momento de descrédito na sociedade...

Exatamente encarando o desafio de mostrar que todos somos seres políticos e que na vida pública é necessária a participação de todos, não apenas pelo mandato, que sim, é representativo. No entanto, representar só é possível de fato quando se ouve realmente as necessidades da sociedade. Um exemplo está nos municípios, é nas cidades que moram os cidadãos. O Parlamentar precisa estar em contato constante com as pessoas. Tive um exemplo disso, quando meu pai, praticamente no início da sua vida pública, foi o relator no Parlamento Mineiro da iniciativa que criou a Comissão de Participação Popular. Ele sempre foi, antes mesmo de entrar na vida pública, alguém muito sabedor da importância da participação, da interação e da comunicação para e entre as pessoas. Não à toa trabalhou durante 30 anos na extinta Telemig. Também no Dentel, quando foi responsável pela expansão das rádios e tevês, bem como a introdução das tevês comunitárias e educativas. No governo, um dos últimos atos dele foi implantar o programa Minas Comunica II, que leva celular e  dados para os Distritos. E nos dias atuais podemos e devemos ir além, a sociedade possui mecanismos rápidos e eficientes para o acompanhamento fundamental do trabalho Parlamentar. Além da maior transparência que essas ferramentas podem ofertar, tem também a interação rápida, direta e eficiente do político com o eleitor. É esse um dos meus principais focos, essa aproximação maior, imediata no desenvolvimento de um trabalho transparente, próximo e eficiente na construção do bem comum. 

E por qual motivo você optou por disputar um mandato para Deputado Estadual? 

Eu acredito nos Parlamentos, na Democracia. As Casas Legislativas são fundamentais para que tenhamos uma sociedade melhor. E quando falamos em sociedade, não estamos falando de um ente abstrato, mas de pessoas, da vida das pessoas. O trabalho Parlamentar está aquém do que o cidadão espera? Certamente. Não que isso seja generalizado, mas basta ouvir as ruas. E isto envolve uma série de fatores. Por outro lado, os cidadãos entendem mais o papel de um  deputado, estão mais vigilantes e querem contribuir. E eu sou um cidadão que quer contribuir. Sou também um municipalista, como tenho dito. Acredito que a solução está nas cidades. Em primeiro lugar é preciso inverter essa lógica perversa que hoje o nosso estado vive: de que o município é um problema. O município é a solução! E para isso, é impensável fazer o que o atual governo estadual tem feito que é subtrair o dinheiro que é constitucionalmente das prefeituras. Uma dívida que hoje ultrapassam os R$ 5,5 bilhões. Dinheiro que pertence ao cidadão que merece e deve, por lei, ter seus direitos atendidos. Não assistirei a isso tudo e ficarei quieto. E isso é o que me move e tem me movido: a esperança de que se cada um fizer a sua parte, principalmente os agentes públicos, podemos melhorar e muito a vida da nossa gente.

Ao decidir entrar na vida pública tenha certeza que o meu compromisso é com cada cidadão e com cada eleitor mineiro. E isso não é discurso, isso é realidade. Está na hora de assumirmos as nossas responsabilidades e irmos à luta.

Voltar
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência. Ao navegar no site, você concorda com a nossa política de privacidade e uso de cookies.