“Honestidade, dedicação e fé. É assim que sigo representando o povo.”


Wander Rosa de Santana Exercente do segundo mandato de Vereador, atual Vice-Presidente

17.08.2017

Entrevista com vereador Wander Rosa de Santana, vice-presidente da câmara

1 – Hoje o Senhor tem uma posição dentro da Câmara Municipal, a qual não teve no mandato passado. Então, como atual vice-presidente o que o Senhor tem como propósito e o que pretende melhorar em relação ao mandato passado?

Realmente a posição que ocupo hoje na Casa é extremamente satisfatória para mim enquanto cidadão que se propôs à vida política com o único objetivo de trazer mais dignidade aos irmãos.

No mandato passado minhas atuações eram mais limitadas até pelo fato de que eu não tinha poder de decisão na administração da Câmara e, muitas das vezes, coisas que poderiam ter sido feitas, a meu ver, deixaram de existir porque a concepção de quem administrativamente conduzia a Casa era diversa da minha e/ou da minha base.

Hoje, como vice-presidente participo de todas as tomadas de decisões e contribuo efetivamente para que a Câmara acerte nas suas escolhas e atue com eficiência, qualidade e moralidade. E essa oportunidade/liberdade para gerir a Câmara junto ao Presidente e demais Vereadores, cada dia me motiva mais e me enche de esperança e de ideias a serem executadas. E como um grupo que somos eu digo que não são minhas pretensões, mas são ambições de todos nós efetivar a ideia de abrir mais ainda a Câmara para o povo entrar, participar das decisões, acompanhar o trabalho dos vereadores e mais: levar a Câmara até aqueles que por qualquer motivo não podem vir até nós.

Porque quando o cidadão se afasta das discussões políticas, ele necessariamente está entregando o seu futuro nas mãos de outro.

Isso porque, penso que o desejo mais importante que temos e pelo qual estamos trabalhando sem parar é o de fazer com que a população veja em nós o caminho para a mudança de que o nosso país tanto precisa. O caminho para voltar a crer que a democracia representativa ainda é meio importante para se concretizar direitos e desejos coletivos e entender que não só os políticos são culpados pelo que está acontecendo, mas que nós cidadãos também temos uma parcela de culpa nisso tudo.

Por conta disso tudo, também pretendemos melhorar a comunicação vereador – cidadão, bem como criar meios para que o cidadão contribua com o Legislativo no seu poder de fiscalizar, como por exemplo a Ouvidoria.

Ah, são muitas as pretensões a serem realizadas nesse final do primeiro ano de mandato. Já fizemos muito em apenas seis meses, o que queremos agora é dobrar esse número sem deixar de lado a qualidade e a moralidade na prestação dos serviços.

2 – Esse já é o seu segundo mandato como Vereador e sabemos que reeleição é muito mais seletiva e criteriosa do que a eleição propriamente dita. O que você acha que foi primordial para que o povo lhe escolhesse novamente para representa-lo?

Bom, reeleição é sim bem mais complicada que a eleição, mas quando se entra na disputa com o propósito de representar o povo, legislar em favor do povo e fiscalizar o dinheiro e os bens públicos pelo povo, da melhor forma possível, não há disputa eleitoral que impeça ou dificulte a eleição de quem tem isso como princípio.

Deus nos criou e nos dá determinadas oportunidades na vida para nos entregarmos à busca pelo bem dos nossos irmãos mais necessidades, agindo sempre com humildade, compaixão e respeito com o outro.

E eu penso que ter tido o povo como objeto principal da nossa atuação e trabalhar atendendo ao propósito de Deus, foram os pontos mais importantes que me levaram a ser eleito em 2012 e me reeleger em 2016.

Uma coisa que falo sempre com as pessoas é que não adianta tentar entrar na política querendo apenas o status ou usar de todas as formas para que isso se concretize. A gente tem que tentar entrar com o objetivo de concretizar o que aprendemos com os Evangelhos que é trabalhar para que todos sejamos tratados como iguais, para ajudar os mais necessitados e para legislar e fiscalizar a coisa pública para que todos tenhamos uma vida agradável.

3 – O Senhor fala muito sobre Deus e justifica a sua atuação nos ensinamentos Dele. Entretanto, sabe-se que o país é laico e que os escritos bíblicos podem ser interpretados como radicais por uma parcela da população. Assim, como legislador, como o Senhor atua de forma a seguir seus princípios religiosos sem deixar de assistir à pluralidade da nossa população?

Seu questionamento é muito bom, até mesmo porque a sociedade hoje em dia está cada vez mais atenta no que diz respeito a igualdade de direitos e a tolerância e no meio político todos os evangélicos, por exemplo, são rotulados como intolerantes.

Então, como um líder evangélico dentro da Câmara o que eu digo é que numa sociedade plural como essa em que vivemos a opção religiosa de cada um deve ser respeitada e na medida em que ela é respeitada, deve também respeitar a opção de vida de cada um. Importante é entender também que o que eu levo ao foco aqui é o respeito e não só a tolerância como muitos dizem por aí. Quando eu tolero eu apenas suporto aquela situação, mas quando eu respeito eu faço muito mais que tolerar, eu passo a ter um sentimento de consideração àquela situação ou pessoa.

É nessa toada que eu atuo dentro da Câmara. Sei dos meus princípios religiosos e os sigo em minha vida particular e nas minhas relações em comunidade. Mas, quando o assunto é exercer o papel de vereador e legislar, busco sempre entender os direitos ali envolvidos e quais serão os destinatários diretos daquela norma. Nunca deixo que minhas concepções individuais e religiosas restrinjam direitos justificáveis pelos princípios constitucionais e por vezes clamados pela própria população. Afinal, o Estado é laico, a sociedade plural e eu, como representante do povo tenho que ser a voz dessa diversidade social.

E por fim, agradeço a toda população pelo apoio e confiança que me foram dados até hoje.

Voltar
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência. Ao navegar no site, você concorda com a nossa política de privacidade e uso de cookies.