Posse da professora Maria Coeli Simões Pires no IHGMG


Luiz Carlos Abritta, Carlos Alberto Rabelo Pires (marido), Maria Coeli Simões Pires, Charles Alexandre Simões Pires e Christiano Alberto Simões Rabelo Pires (filhos)

19.11.2019

Professora Maria Coeli Simões Pires é a nova titular do IHGMG

Fotos: José Lopes / Maria de Lourdes Evangelista / IHGMG

A jurista serrana Doutora Maria Coeli Simões Pires tomou posse, no último dia 30 de outubro, na cadeira número 35 da academia do centenário Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais – IHGMG, cujo patrono é o diamantinense Aires da Mata Machado Filho, em solenidade realizada na sede da instituição, em Belo Horizonte,  com a presença de toda a diretoria, presidida pelo  advogado e escritor Luiz Carlos Abritta, de autoridades públicas, incluídas personalidades serranas de destaque, convidados especiais, entre os quais, muitos familiares e amigos ligados à trajetória pessoal ou profissional da acadêmica.

A nova integrante do IHGMG foi saudada pelo confrade Desembargador Aluízio Alberto da Cruz Quintão, que, na sua eloquente oração, exaltou o Serro e a empossada, brindando a todos com um belo resgate histórico.  

Na ocasião, em seu discurso de posse, a professora Maria Coeli recordou, na linha do tempo, a trajetória institucional do IHGMG e seu vínculo “com a memória de gigantes serranos da história de Minas, João Pinheiro, Aurélio Pires, Carlos Benedito Ottoni, Nelson Senna, e outros. Entre esses expoentes, incluo, por gratidão do Serro, Roque Camelo, serrano por laços de afeto, cuja memória aqui também reverencio”.

Luiz Carlos Abritta, Maria Coeli Simões Pires, Guilherme Simões Neves (prefeito do Serro)

 

Momento feliz

Ex-Titular das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social e Esporte; Extraordinária de Relações Institucionais;  da Casa Civil e de Relações Institucionais, e de outros postos, todos do Governo de Minas Gerais; ex titular de diversos cargos técnicos da Carreira junto ao Legislativo mineiro, notadamente, Procuradora-Geral, Secretária-Geral da Mesa da Assembleia Legislativa de Minas no processo constituinte de 1989; mestre e doutora em Direito e atual professora do Departamento de Direito Público da Universidade Federal de Minas Gerais; autora de mais de 20 livros em sua especialidade ou no gênero literário, com dezenas de artigos acadêmicos publicados; intelectual de notável e reconhecida bagagem no campo do Direito, da Administração Pública, da Política, da História e de Relações Humanas, a acadêmica Maria Coeli Simões Pires foi solenemente acolhida na Casa de João Pinheiro. Afirmou, em seu discurso, que não recebia, porém, a honraria como um tributo pessoal; ao contrário, ressaltou ter a consciência da dimensão do compromisso hipotecado ao Instituto, e, portanto, do débito que ela própria assumia, sabedora de que

“o Serro vislumbra no timoneiro desta instituição, João Pinheiro, a referência da sua máxima representação neste sodalício, e, pois, nunca haveria débito do Instituto com aquela Vila tricentenária, nem com a gente que ela maternou”.

Acrescentou, então, que recebia “a honraria e a missão de membro desta Casa na solidariedade de uma destacada nominata de serranos de hoje - que não consigo aqui enunciar pela impossibilidade absoluta de esgotá-la ou pelo receio de grave injustiça -, e que honram a tradição de expoentes da História e da Política, de luminares do Direito e da Justiça, de talentos das Artes e de múltiplos saberes e o destemor de tantas mulheres serranas”. Homenageou as mulheres serranas, invocando a memória da historiadora Maria Eremita de Souza.

Prosseguindo na temática da união do Serro com a história de Minas, a nova acadêmica do IHGMG relembrou “os expoentes que fizeram do Serro a Atenas de Minas, nas palavras de Paulo Pinheiro Chagas, soberba em celebridades que compõem o panteão da História de Minas e do Brasil, nos pergaminhos e documentos, ou nas praças públicas, ao aceno do lenço branco de Teófilo Otoni e sob as notas de um Lobo de Mesquita”. Na oportunidade, agradeceu a Luis Flávio Aguiar Miranda, músico serrano, a arte de sua apresentação com que brindou os participantes na execução do “Hino ao Serro” e de outras peças.

Dirigindo-se e agradecendo aos membros do IHGM pela sua acolhida, e fazendo menção à sua origem serrana, a Doutora Maria Coeli Simões Pires acentuou que “a Casa de João Pinheiro, de tradição e entrega, é, na linguagem fiel à mais festejada vocação mineira, espaço de garimpagem da essência de Minas em bateia coletiva, sustentada pelas mãos dos confrades, mas não pode olvidar o alerta permanente dos berrantes dos currais. Por isso mesmo, fiel às minhas raízes, do ouro e dos currais, não temo pôr as mãos na bateia coletiva, também pelas trilhas dos caminhos dos currais”.

Em mensagem final, diretamente dirigida a este jornal e aos seus conterrâneos e amigos do Serro, reiterou, como fez em seu discurso, ser “urgente uma verdadeira cruzada de paz, pela palavra, em todos os níveis da organização civilizatória: do universal ao planetário; dos continentes aos estados nacionais; das instâncias mais amplas de organização interna às mais restritas, sem perder de vista a cidadania, ao mesmo tempo, local e cósmica. ”

Des. Luis Carlos Gambogi, Ozório José Araújo do Couto, Des. Armando Freire e Antônio Marcos Nohmi

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