Editorial 06/2017: Ainda há tempo
07.06.2017
Nosso Brasil está passando por momentos de turbulência, incerteza.
Denúncias, acusações, delações. Quando acordamos já temos até medo de assistir, ouvir ou ler os noticiários. A cada dia mais escândalos, decepções.
Políticos manipulam seus apoios de toda forma em busca de ganhos ilícitos, propinas, sem se importar com o povo que os elegeu e neles confiou. Grandes empresas enriqueceram as custas desses acordos enquanto a população está cada vez mais pobre.
Falam de milhões, bilhões como se isso fosse apenas um dinheiro para seus gastos diários.
E fazem isso na maior cara de pau, na certeza de que nada lhes acontecerá, ficarão impunes.
Mas parece que coisa começa a mudar e, a nossa esperança está numa operação da Polícia Federal e em um juiz. Uma ação que está envolvendo a Polícia, o Judiciário e o Ministério Público.
À frente da Lavajato o juiz Sérgio Moro está indo fundo nas investigações e mostrando à população aqueles que roubaram e continuam roubando, prendendo e desmascarando aqueles que se julgavam impunes.
Aqueles que ontem acusavam seus adversários, hoje são por eles acusados. Mas todos se dizem inocentes, não sabiam de nada, nem como tanto dinheiro foi parar nas suas contas bancárias no exterior.
Diretores de grandes empreiteiras, deputados, senadores, governadores, ex-presidente e até presidente da república estão no mesmo barco, um barco que está à deriva.
O pior é que ainda existem aqueles que defendem seus candidatos, acreditam na sua inocência e, que eles estão sendo vítimas de perseguições, calúnias.
Mas quem imaginaria ver políticos, diretores de grandes empreiteiras, grandes empresas e estatais presos.
E olha que tem vaga pra mais gente importante: senador presidente de partido de ponta e ex-presidente. Tem até juiz sendo acusado, correndo o risco de parar atrás das grades.
De tudo isso fica a esperança de que dias melhores virão e que nosso país esteja realmente sendo passado a limpo. Que esses que agora estão na mira da Lava Jato não consigam usar o poder em benefício próprio e desestabilizar o trabalho que vem sendo feito pela Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário, mas que tenham respeitados o Direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório.
Geraldo Ribeiro