Casablanca, tradição islâmica quase na Europa
15.03.2019
Casablanca, em Marrocos, ficou conhecida após o clássico filme “Casablanca”, lançado em 1942
Marrocos está próximo ao Sul da Espanha, a Portugal, tem o islamismo como religião oficial e é banhado pelo Mar Mediterrâneo e Oceano Atlântico. Cerca de 70% da população é composta por árabes e aproximadamente 29% berberes.
A singularidade da cultura islâmica está em cada canto da capital, Casablanca, o que torna essa metrópole um dos destinos mais destacados do norte da África. Ao lado da rica tradição árabe, as avenidas a beira-mar de Casablanca são uma grande vitrine de lojas de griffes internacionais, na mais clássica estética europeia.
Apesar de manter a história e cultura árabes, Casablanca se adaptou aos tempos modernos. A arquitetura mescla o estilo marroquino com o de Marselha, na França, o que confere à cidade um ar cosmopolita. Construções arrojadas como o Marroco Mall, um dos cinco maiores shoppings centers do mundo, e a Mesquita Hassan II, considerada uma obra-prima da construção árabe, exibem uma mescla suntuosa de tradição e contemporaneidade. As longas avenidas decoradas com palmeiras em frente aos prédios, sempre na cor branca, mansões grandiosas, de alto nível, praças, parques e jardins revelam o lado chique de Casablanca.
A Praça Mohammed V foi construída em 1920 para ser o centro administrativo da cidade. O largo é uma síntese de Casablanca, repleta de monumentos suntuosos. Por falar em Mohammed, chega a ser hilário ver os nomes de praticamente todos os homens locais serem uma variação em torno de Mohammed, Mahammed, Mahamoud, Houssein e Hassan, com declinações para Amir e Omar, referência às tradições islâmicas.
A Mesquita Hassan II, visível em qualquer ponto da cidade e atração indispensável, é uma das maiores do mundo e abriga 25 mil fieis. Detalhe é ser ela a única em Marrocos a receber não mulçumanos. Medina, a parte mais antiga da cidade, é um centro de especiarias e artesanato típico.
O bairro de Habous é uma área exótica em Casablanca. Charmosos becos e ruas com lojas e bazares de artesanato, como um sonho, nos transportam ao histórico ambiente do profeta Maomé. Casablanca pode ser visitada, praticamente, o ano inteiro. Melhor é evitar os meses de novembro, dezembro e janeiro, por causa das chuvas abundantes. Para quem tem dificuldades com o clima quente, que é o meu caso, os meses mais quentes são de julho a setembro.