Transformar a realidade: novos tempos, novas atitudes


14.11.2017

João Marcos Otoni Seabra de Souza, Presidente da Câmara Municipal de Conceição do Mato Dentro e da ACAM

Em setembro de 2017 os alunos Paôla Oliveira, da Escola Estadual São Joaquim, e Lucas Gabriel Reis, da Escola Estadual Aracy Pedrelina de Lima, ambos de 18 anos, representaram de forma destacável Conceição do Mato Dentro na Plenária Estadual do Parlamento Jovem realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Agora com 25 anos de idade, assisti emocionado, não só o sucesso dos meninos de Conceição quando colocados a prova com estudantes de todo Estado, mas a todo processo do Parlamento Jovem desenvolvido nesse ano na Câmara Municipal.

Esse relato se faz necessário pois foi inevitável pensar como poderia ter sido mais rica e facilitada a minha caminhada na política até aqui, se em meu tempo de estudante um Projeto como esse já existisse em Conceição do Mato Dentro.

Por volta dos meus 17 anos veio crescendo dentro de mim a vontade de fazer diferente. Naquela época não tínhamos espaço suficiente nem era comum as pessoas se reunirem para discutir sobre a política. Nesse déficit de discussão e também de ações populares eu vi que a única forma que tinha, na época, era tentar minha candidatura. Coisa essa que para muitos foi considerada utópica, uma loucura. Felizmente fui eleito com apenas 20 anos.

Foi aí que vi a oportunidade de discutir e praticar a política que eu acredito ser a aquela que a nossa sociedade almeja desde sempre. Quando eu falo em sociedade, penso sempre em um conjunto de homens livres e iguais que além de tudo preocupam-se com projeto de vida e felicidade de cada um e não só de si mesmo. E é assim que tem de ser.

Acredito que a política brasileira não é unicamente o que vivemos aqui agora. Ela abarca uma atividade interpretativa que combina elementos voltados tanto para o passado quanto para o futuro. Por exemplo, a minha concepção sobre a política que deve ser desenvolvida no país foi e está sendo formada tendo por análise os erros e acertos vividos no passado. Passando pelos governos dos presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck, a Ditadura Militar, Collor, Itamar, FHC, Lula e chegando no que vivemos hoje. É a partir disso que eu digo que devemos mudar nossa postura e buscar um novo rumo para o nosso futuro. E aqui eu não falo só em relação a nós ocupantes de cargos eletivos, mas de nós sociedade, porque é da sociedade que saem os políticos.

E por isso eu falo que a política é um processo de desenvolvimento contínuo, um projeto coletivo comum que deve levar a sério a pretensão de que homens livres e iguais podem se dar normas para regular suas vidas em comunidade. É claro, normas que não restrinjam direitos de uns com o objetivo implícito de privilegiar outros. Mais do que isso, não permitir que normas que firam de morte direitos e garantias conquistados a duras penas pelos nossos antepassados, sejam introduzidas em nosso ordenamento jurídico e passem a regular nossas vidas. Para que a nossa história política social tenha coerência, é necessário que haja respeito aos capítulos anteriores da nossa história e uma devida justificação para a elaboração do capítulo seguinte, aí sim vamos chegar a uma política certa, justa, honesta, moral e eticamente construída e aceita pela coletividade.

E a partir desses argumentos que eu afirmo que é construindo uma base firme que se chega ao topo com segurança. É pensando global e agindo local que conseguiremos mudar o rumo da nossa política e da nossa sociedade que não pode mais ser massa de manobra daqueles que nunca buscaram o bem comum.

Eu quero trabalhar mais e mais, porque o nosso povo precisa voltar a acreditar e para isso precisamos caminhar juntos e ter fé de que a nossa luta vai dar resultado. Nosso povo precisa ter esperança e certeza de que ainda tem gente que quer fazer o certo, ainda tem gente que quer fazer o justo e ainda tem gente que nos representa!

E é disso que precisamos hoje, compromisso com o sonho e a imaginação do nosso povo. Ainda há tempo para mudança.

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