Conheça o livro A Rosa de Papel
17.08.2017
Alda Aparecida de Oliveira Jorge, nascida em Conceição do Mato Dentro, em 26 de agosto de 1934, é autora do livro de poesias “Rosa de Papel”. O Pai era o Coronel Modesto Justino de Oliveira, herdeiro do nome e da patente do Tio-avô e oriundo de uma família de homens ligados à política, com formação universitária em Ouro Preto, tendo tios também médicos e engenheiros. A Mãe Araci Pedrelina de Lima, a D. Araci, professora Estadual, Diretora de Grupos Escolares e uma das idealizadoras da Reforma do Ensino em Minas Gerais, promovida a partir do trabalho da Educadora Helena Antipoff que foi uma grande referência no ensino do Brasil e em Minas Gerais.
Alda é Tia do atual Prefeito de Conceição do Mato Dentro, José Fernando Aparecido de Oliveira. O pai do Prefeito, o Embaixador José Aparecido tinha por ela o que ele dizia ser “antiga paixão fraternal”.
A mãe, educadora por vocação e profissão, desde cedo percebeu o talento que a filha portava nas artes. Alda dedicava-se à pintura e desenhos, o que levou-a mais tarde, em Belo Horizonte, a cursar a Escola Guingnard, onde tirou o primeiro lugar ao expor sua tela em um concurso promovido na turma do ano de 1974.
Se o irmão mais velho, José Aparecido, declarava expressamente que “gostava era de gente”, ela não fugiu às luzes afetivas que o irmão cultivava. Sempre muito amorosa e intensamente afetiva com sua família e amigos, soube atravessar os anos de sua vida, encantando por onde passa, seja pela pureza do espírito amigo ou a sua essência doadora, que transborda no seu olhar, cuja a essência reafirma a esperança que nos leva ao amanhã.
O livro nasce da confirmação do amor de seu marido Abrão Jorge, falecido aos quarenta e sete anos, deixando-a viúva com duas filhas, Rosara e Adriana.
Rosara, a filha mais velha, buscando documentos do pai, para dar andamento às providências burocráticas por ocasião do seu falecimento, encontrou uma pasta de couro preta. Ao abri-la deparou-se com a primeira versão do livro “Rosa de Papel”. Estavam os poemas que eram manuscritos por Alda, datilografados e organizados em plásticos individualmente. Rosara então teve a certeza de que ali existia um profundo desejo de pai, admirador dos dons e da sensibilidade de Alda, que se publicasse um dia este livro. Nasceu então em seu coração uma semente e cujos frutos foram colhidos na ocasião da celebração dos setenta anos da Tia Alda, da vovó Aldinha, da amiga Alda. As ilustrações são resultados das atividades de colorir incentivadas pelas filhas Rosara e Adriana, para que ela pudesse “combater o combate” da perda de habilidade motora” com o passar do tempo. Retiradas do livro “Rabiscos um livro para pintar e desenhar” de Taro Gomi, colorir tornou-se atividade lúdica em suas tardes, tendo como companhia, em diversas destas ocasiões, a filha Adriana. Alda também borda e na tessitura das tardes na Igreja Nossa Senhora do Carmo, com amigas e companheiras, delineia imagens em cujas linhas se traçam fragmentos da eternidade de seu AMOR.
Não haveria para Alda pensou Rosara, algo tão simbólico quanto publicar o seu livro “Rosa de Papel” ao comemorar seus setenta anos. Em seus poemas temos os matizes de sua vida e as homenagens às pessoas que ama e amou durante toda a sua vida. O Poema Professora foi dedicado à D.Araci, sua mãe e reafirma a síntese de gratidão do que move Alda em sua existência a partir de suas raízes, alçando um vôo quase sideral e transcendendo no poema dedicado à D. Araci, sua mãe:
Professora
“Professora é Mãe amiga
É luz que a mente ilumina
É sol que das trevas nos livra
É bondade que a todos anima
O caminho do futuro floresce
Sempre que ela aparece
Ao vê-la faço a Deus uma prece
É por isso, querida professora
Que te homenageamos
Com gratidão e amizade
A felicidade te desejamos”
Dedicou o seu livro às filhas, genros, netos, irmãos e à Aparecida, sua cuidadora e companheira.
“Rosa de Papel” sempre será um jardim a ser visitado por todos que se inspiram em fé, amor e a pureza inscrita em Arte na essência da vida!