07.03.2023

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E CÂNCER DE MAMA

Todas as mulheres têm direito ao acesso à saúde integral, humanizada e de qualidade, livre de qualquer forma de preconceito ou discriminação por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) segue buscando chamar atenção para uma visão integral sobre a saúde da mulher, estimulando o autocuidado e recomendando a mudança de hábitos para um estilo de vida mais saudável.

Para cada ano do triênio 2020-2022, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima a ocorrência de 8.250 casos novos de câncer da mama feminina. Já para câncer do colo do útero no ano 2019 ocorreram 452 óbitos, sendo a 6ª causa de morte por câncer no estado. Para o mesmo período, o INCA estima a ocorrência de 1.270 casos novos de câncer do colo do útero em mulheres mineiras.

CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama é um problema de saúde pública de grande relevância no Brasil. É responsável pela mais frequente causa de morte por câncer no sexo feminino. Cuidar-se, conhecer o seu próprio corpo e ficar atenta a alguns sinais e sintomas são ações importantes para prevenção e combate a essa doença.

Para o ano de 2021 constam no PAINEL Oncologia, 6.289 casos de câncer de mama, no estado de Minas Gerias, (casos diagnosticados no SUS em 2021). Os casos sem informação de tratamento podem se referir a diversas situações tais como: casos tratados fora do SUS, casos tratados no SUS, mas ainda sem informação nos sistemas, casos ainda sem tratamento e óbitos anteriores ao início do tratamento.

SINAIS E SINTOMAS:

Os principais sinais e sintomas da doença são:

  • Caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
  • Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
  • Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas.

 

TRATAMENTO:


Para o tratamento de câncer de mama, o SUS oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras, reconstrução mamária, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos. O tratamento é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença.

FATORES DE RISCO:

Não existe uma causa única para o câncer de mama, e sim fatores que podem aumentar o risco da doença, como:

  • Idade - após os 50 anos, as mulheres se tornam mais suscetíveis a desenvolver a doença;
  • Primeira menstruação antes dos 12 anos de idade e menopausa após 55 anos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos ou não ter tido filhos;
  • Fumo;
  • Consumo de álcool;
  • Sobrepeso ou obesidade;
  • Exposição frequente a raio-x;
  • Histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tenham tido a doença antes dos 50 anos;
  • Uso de terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por tempo prolongado; e terapia hormonal em mulheres transexuais e travestis.

 

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE:

O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento. Em relação à avaliação das mamas preconiza-se:

Mulheres de 40 a 49 anos – realização do exame clínico das mamas por profissional da saúde, e realização de mamografia, somente se existir indicação da equipe de saúde;
*Existem casos de câncer de mama antes dos 40 anos, por isso, o exame clínico das mamas, pelo profissional de saúde, deve ser realizado na vigência de qualquer alteração e, exames específicos poderão ser solicitados.

Mulheres de 50 a 69 anos – realização do exame clínico das mamas por profissional da saúde e realização de mamografia de 2 em 2 anos, ou em intervalos menores, dependendo do resultado da mamografia anterior. Se você perceber alguma alteração na mama, procure a equipe de saúde mais próxima da sua casa;

Mulheres com elevado risco para câncer de mama (histórico familiar e/ou histórico pessoal de câncer de mama): necessário avaliação e acompanhamento individualizado.

 

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

O câncer de colo do útero é a terceira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, com exceção do câncer de pele. O principal fator de risco para o desenvolvimento deste tipo de câncer é a infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo. A transmissão do HPV ocorre principalmente por via sexual, mas pode ocorrer por qualquer contato direto com a pele ou mucosa infectada.

TRATAMENTO:


O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico. Entre os tratamentos disponíveis no SUS, estão cirurgia, quimioterapia e radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estágio de evolução da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos.

FATORES DE RISCO:


Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de colo do útero. São eles:

• Não utilização de preservativos durante as relações sexuais;
• Outras infecções sexualmente transmissíveis;
• Multiparidade (ter muitos filhos);
• Uso prolongado de contraceptivos orais (estrogênio);
• Baixa imunidade;
• Início de atividade sexual com pouca idade;
• Tabagismo.

COMO AS MULHERES PODEM REALIZAR OS EXAMES?


Elas devem procurar uma Unidade Básica de Saúde de referência para receberem orientações e realizarem o exame citopatológico do colo do útero. Mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans também são elegíveis para realizar os exames preventivos e devem procurar as Unidades Básicas de Saúde para avaliação e cuidado referente à saúde sexual e reprodutiva, bem como para a realização dos exames que forem necessários. Converse com seu/sua médico/médica a melhor maneira de se cuidar e realizar os exames necessários de maneira que seja o menos desconfortável possível.

Fonte: https://www.saude.mg.gov.br/saudedamulher

 

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